03/07/2009



Não há mais movimento. As curvas da face se congelam, o espírito se mortifica. O santo vira insano, rejeitado pelo ar gélido de uma respiração plena, antes ofegante. Leve e estática como as esculturas barrentas em mãos tristes, que suam lágrimas e fazem arte. Modelam a sombra do nada com pingos de insensatez. Gotas se acumulam na atmosfera viva. Moléculas alagam a terra, que seca e floresce até a próxima chuva.

2 comentários:

  1. Me lembrou "Milagreiro". Amo! Direto e profundo, Guria. ótima técnica de descrição...

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  2. As sombras do nada e o estático pintando o desânimo entre os vazos artísticos, ocos, desse mundo.

    Belo e profundo mesmo. :*

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